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Tarifas de Trump entram em vigor no dia 1º de agosto e exportadores calculam prejuízos

À medida que se aproxima a data para a implementação do "tarifácio" - dia 1º de agosto - anunciado pelo governo dos Estados Unidos, o Brasil se mobiliza para mitigar os efeitos potencialmente devastadores sobre a economia nacional. Entre as medidas sendo preparadas pelo governo brasileiro, destaca-se a implementação de linhas de crédito para as empresas que exportam para os Estados Unidos, em uma tentativa de amortecer o impacto econômico.

Os empresários brasileiros estão alarmados com a iminência do aumento tarifário, que pode elevar as taxas sobre os produtos brasileiros exportados para os EUA em até 50% a partir de agosto. As estimativas apontam que o prejuízo nas exportações brasileiras para os Estados Unidos pode chegar a 25%, afetando severamente setores como aviação, máquinas e petróleo. No setor agrícola, as perdas podem alcançar impressionantes 6 bilhões de reais, com os produtos mais afetados sendo café, sucos, carnes e frutas.

O empresário do setor de exportação, Bruno Coelho, expressou sua preocupação, destacando a preparação prévia e os investimentos já realizados que agora estão em risco: "Nós já temos toda a embalagem comprada dentro de casa, nós já temos todas as reservas no navio, por isso a importância de uma rápida e pronta resolução". Ele também ressaltou a insuficiência do mercado interno brasileiro para absorver a demanda destinada ao mercado americano, caso as exportações sejam impedidas pelo tarifácio.

Além dos impactos diretos sobre as exportações, a Confederação Nacional da Indústria prevê que o tarifácio poderá causar uma redução de 0,16% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o que corresponde a uma perda de aproximadamente 20 bilhões de reais. Outro efeito colateral seria o aumento da inflação dentro do país.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, acrescentou outra dimensão ao problema, indicando que o estado poderia perder até 120 mil empregos como resultado direto do tarifácio. Diante da falta de canais de negociação direta com a Casa Branca, o governo brasileiro enfrenta três cenários possíveis: a adoção da tarifa de 50%, a permissão para que indústrias americanas no Brasil exportem diretamente para os Estados Unidos sem sobretaxa, ou uma taxação intermediária, acima dos 10% atuais mas abaixo de 50%.

Em uma tentativa de "quebrar o gelo", um grupo de senadores brasileiros, tanto do governo quanto da oposição, viajou para os Estados Unidos. O grupo inclui figuras como Tereza Cristina, do PPE, e Jaques Wagner, do PT. Eles planejam se encontrar com figuras políticas americanas, incluindo o secretário de Estado, Marco Rubio, e Donald Trump Júnior, para discutir as implicações do tarifácio e buscar alternativas para evitar que essa medida extrema entre em vigor.

Fonte: Band.
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