O Serviço Secreto dos Estados Unidos anunciou que encontrou e apreendeu uma rede ilegal de equipamentos capaz de derrubar o sinal de celulares em Nova Iorque, nas proximidades da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde líderes mundiais se preparam para o encontro mundial nesta terça-feira (23).
De acordo com as autoridades norte-americanas, a rede de comunicações anônimas, que incluía mais de 100 mil chips e 300 servidores, poderia interferir nos serviços de resposta a emergência e ser usada para conduzir comunicações criptografadas.
O Serviço Secreto, responsável pela segurança das reuniões da ONU nesta semana, informou também que a rede era capaz de enviar cerca de 30 milhões de mensagens anônimas por minuto – e que nunca havia tido uma operação desse tamanho.
Até o momento, não há informações de que a ação criminosa representasse uma ameaça à conferência da ONU.
A apuração inicial aponta que dados de alguns chips apontam para vínculos com pelo menos uma nação estrangeira, assim como ligações com criminosos já conhecidos pelas autoridades norte-americanas, incluindo membros de cartéis.
Lula abrirá Assembleia da ONU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre nesta terça-feira (23) a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, mantendo a tradição de o Brasil ser o primeiro país a discursar no encontro anual. Será a primeira vez que Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estarão no mesmo ambiente desde o anúncio do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, e a expectativa é de que ambos abordem, em sequência, temas centrais para a política internacional.
Entre os pontos que devem nortear a fala do presidente brasileiro estão a defesa do fortalecimento da democracia, o respeito à soberania nacional e a importância do multilateralismo em um cenário global de tensões crescentes. Segundo a comitiva presidencial, Lula também deve reforçar a necessidade de fortalecimento das instituições internacionais, em meio às sanções impostas recentemente pelo governo norte-americano ao Brasil.