
O presidente Lula, segundo apuração do jornalismo da Band, está entre dois nomes para a indicação para a vaga de Barroso no STF: Jorge Messias e Rodrigo Pacheco. De acordo com informações do repórter Caiã Messina, da Band Brasília, Lula ouviu de ministros que, neste momento, seria importante para a Corte ter um ministro “pacificador, com lastro político”.
Messias e Pacheco têm perfis diferentes e são apoiados por correntes distintas da política. No texto a seguir você conhecerá um pouco mais da trajetória dos dois.
Jorge Messias

Jorge Messias é procurador da Fazenda Nacional desde 2007. Já foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação e consultor jurídico dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele é graduado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE) e mestre e doutor pela Universidade de Brasília (UnB).
Messias tem 45 anos e fez carreira ligada ao PT e, dentro do governo, é visto como hábil conhecedor das leis e do mundo jurídico. Ele é advogado-geral da União desde 2023, quando o presidente iniciou o novo mandato. Desde então, tem atuação considerada sólida na defesa dos interesses do governo junto à Justiça.
Messias ficou “famoso” em 2015, quando era subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República. Sérgio Moro, ainda atuando como juiz da Lava Jato, divulgou uma conversa da presidente Dilma Rousseff com Lula, em que a qualidade do áudio faz parecer que ele era chamado de "Bessias".
A escolha de Messias representaria um aceno do presidente à ala jurídica mais alinhada ao governo. Messias é evangélico e isso também é visto como ponto favorável para sua indicação.
Rodrigo Pacheco

Rodrigo Pacheco é bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), e já ocupou, entre outros, os cargos de Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG – 2007-2012); Conselheiro Federal da OAB (2013-2015); e de Auditor no Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de Minas Gerais (2011-2014).
Em 2014, em sua primeira disputa a um cargo eletivo, foi eleito deputado federal pelo PMDB. Em 2018, filiou-se ao DEM e elegeu-se senador, com 20,49% dos votos válidos. Em 2021, chegou a presidência do Senado Federal com 57 votos.
Pacheco tem o apoio dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Ele também é o preferido de boa parte de seus colegas, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Lula, no entanto, tem afirmado que prefere Pacheco na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026.