
A Polícia Civil de São Paulo desarticulou um esquema de tráfico de drogas que funcionava em uma adega em Americana, no interior do estado, e prendeu nove pessoas em uma segunda fase da operação no litoral. A investigação foi conduzida pela Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise).
Segundo os investigadores, a chamada "adega do crime" funcionava quase 24 horas por dia. Durante a manhã, por volta das 6h30, os primeiros clientes chegavam de bicicleta para comprar maconha. Ao longo do dia, o fluxo de usuários aumentava e, de madrugada, ocorria o abastecimento do local.
Flagrante e apreensões
Após dias de monitoramento, a polícia aguardou a chegada de um carregamento para realizar o flagrante. O dono da adega foi surpreendido enquanto embalava porções de drogas. Além de maconha e crack, os agentes apreenderam comprovantes bancários que podem auxiliar no rastreamento financeiro do grupo.
No litoral, a investigação levou à prisão de nove pessoas suspeitas de integrar a rede de distribuição. Em diferentes endereços, foram apreendidas três armas semiautomáticas, munições, drogas variadas e documentos ligados à contabilidade do tráfico.
Estufas de haxixe e delivery de drogas
Durante as buscas, a Dise localizou três estufas usadas para o cultivo de haxixe, versão mais concentrada da maconha, de alto poder alucinógeno e valor comercial elevado.
A operação teve início após a prisão de duas mulheres em Santos. De acordo com a polícia, elas operavam um esquema de “disque-drogas” no bairro Gonzaga, de classe média alta. Vídeos mostram a entrega de entorpecentes sendo feita na porta do prédio onde as suspeitas moravam.
Segundo a Dise, entre os clientes estavam jovens com alto poder aquisitivo, que preferiam drogas sintéticas e a chamada "supermaconha". Os investigados vão responder por tráfico de drogas e associação criminosa.