A Associação Brasileira de Combate à Falsificação alertou sobre a suspeita de que o metanol importado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria sendo utilizado para adulterar bebidas em São Paulo. Essa preocupação surge após um aumento significativo no número de pessoas intoxicadas pela substância nos últimos 25 dias.
Segundo a associação, o fechamento recente de distribuidoras e formuladoras de combustíveis ligadas à facção pode ter impulsionado essa distribuição ilegal. Para não perder o estoque do produto, o PCC estaria revendendo o metanol para outras distribuidoras e para locais clandestinos que fabricam bebidas falsificadas.
Uma adega na Cidade Dutra foi fechada por suspeita de vender bebidas adulteradas, incluindo um gin importado que teria causado intoxicação em cinco amigos que frequentavam o local no dia 30 de agosto. Três dos indivíduos foram hospitalizados dias depois, e um deles, um jovem de 27 anos, permanece em coma em estado grave desde o dia 2 de setembro.
A Polícia Civil está investigando o caso e as conexões possíveis com a megaoperação do Ministério Público destinada a combater o consumo de combustível adulterado, que também envolve o uso de metanol.
Além dos casos de intoxicação, duas mortes foram confirmadas, e várias outras pessoas estão internadas, algumas das quais perderam a visão. Em resposta, autoridades de segurança emitiram um alerta para que consumidores e proprietários de estabelecimentos comerciais verifiquem os lacres e embalagens de bebidas, a fim de evitar mais incidentes.
A situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades, que reforçam a importância de adquirir produtos apenas de fornecedores confiáveis e de denunciar qualquer suspeita de adulteração de bebidas.