O padre Júlio Lancellotti negou que tenha sido transferido da Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, zona leste de São Paulo. Em nota pública divulgada nesta terça-feira (16), o religioso afirmou que “não procede a informação sobre transferência” e classificou como temporária a suspensão de suas atividades nas redes sociais.
Segundo o comunicado, as transmissões das missas estão momentaneamente interrompidas, mas as celebrações dominicais continuam sendo realizadas normalmente, aos domingos, às 10h, na Capela da Universidade São Judas, na Mooca. A suspensão das transmissões havia sido anunciada pelo próprio padre no último domingo (14), durante uma celebração ao vivo.
Na nota, Lancellotti esclarece ainda que suas redes sociais não estão sendo atualizadas por conta de um período de recolhimento temporário. O religioso também reafirma sua obediência e vínculo institucional com a Arquidiocese de São Paulo.
“Reafirmo minha pertença e obediência à Arquidiocese de São Paulo”, diz o padre no texto, assinado e datado nesta terça-feira.
A manifestação ocorre após a repercussão de informações de que o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, teria determinado o fim das transmissões das missas e poderia remover o padre da paróquia onde atua há mais de 40 anos. As informações iniciais foram publicadas pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e provocaram intensa reação entre religiosos e fiéis.
Padre Júlio Lancellotti é conhecido nacionalmente pelo trabalho pastoral e social junto à população em situação de rua e, nos últimos anos, tem sido alvo frequente de ataques de grupos e parlamentares de direita nas redes sociais.
Leia o comunicado na íntegra:
