
O próximo feriado nacional em dia útil ocorre apenas em novembro. Mas para os paulistas, o dia 9 de julho será um dia de descanso. A data marca o início da Revolução Constitucionalista de 1932 e é considerada feriado estadual.
Desde 1997 o dia é considerado feriado civil no estado, por ser data magna de São Paulo. Na lei, assinada pelo então governador Mário Covas, considera que a data não é ponto facultativo.
Ou seja: o feriado é dia de descanso obrigatório no estado, dando folga remunerada ou adicional caso trabalhem. Caso a data caia em uma terça-feira ou quinta-feira, a emenda é considerada ponto facultativo.
O que foi a Revolução Constitucionalista?
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um levante dos paulistas que chegou ao ápice e à revolta armada em 9 de julho daquele ano. A revolução começou muito antes, com as agitações causadas pela chegada ao poder por Getúlio Vargas, que pôs fim à política do Café com Leite em 1930, que alternava paulistas e mineiros na presidência do país.
Vargas nomeou interventores federais para reduzir a força de oligarquias regionais nos estados. Isso causou desentendimentos regionais, causando o nascimento de distensões que levaram à revolta em 1932.
Em fevereiro daquele ano, uma frente de coalizão de partidos paulistas exigia maior autonomia para São Paulo, até que as tensões seguiram até 23 de maio de 1932, quando os estudantes de direito Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo morreram em um confronto com o governo federal.
A partir destas mortes, que viraram símbolo da revolução, tropas estaduais se fortaleceram e, sob o acrônimo MMDC, se tornaram uma força contra o governo de Getúlio Vargas. Três meses após o estopim em 9 de julho, os paulistas se renderam em 2 de outubro.