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O que é a demência frontotemporal, diagnosticada no ator Bruce Willis
Foto: Gage Skidmore

Bruce Willis, diagnosticado com demência frontotemporal, não consegue mais falar, ler ou andar. De acordo com postagens da família, desde 2023 o ator enfrenta a progressão da doença que restringe a coordenação motora e algumas funções cognitivas. Entenda o que é a demência frontotemporal: 

Band.com.br entrevistou o médico Dr. Fernando Gomes, da USP, que esclareceu que a demência frontotemporal refere-se a um grupo de doenças que afetam o lobo frontal e o temporal do cérebro. Além disso, a condição pode resultar em mudanças de comportamento e alterações na personalidade, dificuldades na linguagem e impacto nas habilidades sociais. 

Ainda segundo o médico, a demência frontotemporal é considerada uma das causas de demência mais comuns em pessoas com menos de 65 anos. 

“Atualmente, não há formas comprovadas de prevenir a demência frontotemporal, uma vez que muitos fatores de risco, como genética, não são modificáveis. Contudo, um estilo de vida saudável pode contribuir para a saúde cerebral”, afirmou o especialista.

Manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, participar de atividades cognitivamente desafiadoras, manter interações sociais e controlar doenças cardiovasculares são ações fundamentais para prevenir a demência. 

Fatores que contribuem para quadros de demência

Aproximadamente 10-20% dos casos de DFT, como é chamada, têm um componente hereditário. Segundo o médico, alterações em genes, idade avançada e lesões cerebrais também podem aumentar o risco. 

Sintomas

O médico esclareceu que os primeiros sinais de demência frontotemporal podem incluir mudanças de comportamento, impulsividade, desinibição, apatia ou apatia emocional, assim como dificuldades de linguagem, sintoma já apresentado no ator Bruce Willis, e mudanças nos interesses e atividades – o que pode levar ao isolamento social. 

Os tipos de demência

1. Doença de Alzheimer: Caracterizada por perda progressiva de memória e outras funções cognitivas;

2. Demência vascular: Resultante de problemas de circulação sanguínea no cérebro, frequentemente após um AVC.

3. Demência frontotemporal (DFT): Como discutido anteriormente, afeta principalmente o comportamento e a linguagem.

4. Demência com corpos de Lewy: Caracterizada por flutuações cognitivas, alucinações visuais e sintomas semelhantes ao Parkinson.

Estágios da demência

Os estágios da demência são frequentemente descritos em modelos como o de Reisberg, o qual categoriza a demência em sete estágios. 

Estágio 1: Sem déficits cognitivos; funções cognitivas normais.

Estágio 2: Deficiências muito leves; esquecimentos ocasionais.

Estágio 3: Deficiências leves; dificuldades em atividades complexas.

Estágio 4: Deficiências moderadas; dificuldade em tarefas cotidianas e problemas com memórias mais complexas.

Estágio 5: Deficiências moderadas a graves; incapacidade de se lembrar de informações importantes, como endereço ou número de telefone.

Estágio 6: Deficiências graves; perda da capacidade de reconhecer familiares e atividades básicas, como vestir-se.

Estágio 7: Estágio terminal; perda total de habilidades de comunicação e dependência total de cuidados.

“Esses estágios são uma representação geral da progressão da demência e podem variar de pessoa para pessoa” completou o dr. Fernando Gomes. 

Fonte: Band.
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