Quase duas décadas após um dos casos mais chocantes de Mogi das Cruzes, Sandra Regina Ruiz, conhecida como Sandrão, vive longe dos holofotes. Condenada pelo sequestro e assassinato de um adolescente em 2003 e por anos uma das presas mais conhecidas da Penitenciária Feminina de Tremembé hoje ela cumpre liberdade condicional e mantém uma rotina reservada.
Sandrão, que viveu relacionamento com Elize Matsunaga e Suzane Richthofen, foi condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro e assassinato de Talisson Vinícius da Silva Castro, de 14 anos. O crime aconteceu em outubro de 2003 e chocou os moradores de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Segundo o processo, Sandrão sequestrou o vizinho e o matou com um tiro na cabeça, mesmo após o pagamento do resgate exigido por ela e seus comparsas. A prisão da criminosa ocorreu no ano seguinte, em 2004.
Relacionamento com Suzane Richthofen e Elize Matsunaga
Durante os anos em Tremembé, Sandrão ficou famosa por conviver com presas conhecidas nacionalmente, como Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais, e Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido. Ela foi anunciada como namorada de Richthofen em entrevista a Gugu, na TV, e acabou virando nome frequente na imprensa.
Dentro da prisão, Sandrão era vista como uma figura influente entre as detentas, conhecida como a “rainha” de Tremembé.
Sandrão acumulou episódios de indisciplina e, em 2011, chegou a agredir um agente penitenciário. Depois desse episódio, ela manteve bom comportamento e foi beneficiada com o regime semiaberto em 2015 e o aberto em 2016.
Como está Sandrão hoje em dia? Ex de Suzane von Richthofen saiu de Tremembé e vive reclusa
Atualmente, Sandra vive em Mogi das Cruzes sob monitoramento judicial, com obrigações como comparecimento periódico à Justiça e restrição de viagens sem autorização. Desde que deixou o presídio, prefere o anonimato e evita dar entrevistas.
O nome de Sandrão voltou a ficar famoso em 2025, com o lançamento da série “Tremembé”, que estreou no último dia 31 de outubro no Prime Video. A série retrata o cotidiano da prisão onde ela conviveu com outras detentas famosas. Tremembé também conta o dia a dia da ala masculina, mostrando presos famosos como os irmãos Cravinhos e Alexandre Nardoni.
Por onde anda Andreas von Richthofen, irmão de Suzane?
Herdeiro de uma fortuna de R$ 10 milhões em bens depois que seus pais foram assassinados pela irmã, Suzane von Richthofen, Andreas von Richthofen, de 36 anos, hoje acumula dívidas de R$ 500 mil e vive isolado num sítio em São Roque.
Manfred e Marisia von Richthofen morreram após serem golpeados a barras de ferro por Daniel Cravinhos, namorado de Suzane à época, e o irmão, Cristian Cravinhos, em 31 de outubro de 2002, na mansão em que viviam na zona sul de São Paulo. A casa, inclusive, faz parte da herança que ficou para Andreas.
Além das dívidas, que podem fazer com que os imóveis do doutor em Química sejam leiloados para quitar os valores, as ocupações da propriedades também tem poder de fazer com que ele perca os bens.
Também de acordo com a coluna, uma família ocupou recentemente o imóvel de Vila Congonhas. Através do uso contínuo de uma propriedade sem oposição, por período de 5 a 15 anos, os ocupantes adquirem o direito a ela.
Última aparição com cobertura da mídia em invasão de propriedade
Desde a pandemia, Andreas se refugiou no sítio que herdou dos pais em São Roque. Depois do período do isolamento, ele comprou outro imóvel na mesma cidade, em local de difícil acesso, onde vive desde então sem acesso a celular ou internet.
Antes disso, sua última aparição na mídia foi após ser detido por pular o muro de uma residência em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, em 2017. Por conta do episódio, ele foi internado por dois meses para tratar o vício em álcool e drogas.
Na época do assassinato dos pais, Andreas tinha 15 anos e, então, viveu com a avó, Lourdes Abdalla e com o tio, Miguel Abdalla Neto. Concluiu a graduação em Farmácia e Bioquímica na Universidade de São Paulo (USP) em 2010. Cinco anos depois, conseguiu o doutorado em Química Orgânica também pela USP.