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Mulher que levou 61 socos do namorado luta por justiça: "Que medidas máximas sejam tomadas"

Juliana Soares, de 35 anos, continua lidando com os impactos emocionais e físicos da agressão brutal que sofreu dentro do elevador do prédio onde morava, em Natal, no dia 26 de julho. O ex-namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral, a agrediu com 61 socos, deixando-a com múltiplas fraturas no rosto e na mandíbula. 

A violência foi tamanha que a vítima precisou passar por uma cirurgia e ficou com marcas profundas. Igor foi preso em flagrante, teve sua prisão preventiva decretada e responde por tentativa de feminicídio.

Em entrevista ao portal Léo Dias, Juliana abriu o coração sobre sua recuperação e as consequências da violência sofrida. Ela revelou que, após a agressão, segue em tratamento psicológico e psiquiátrico para lidar com os traumas deixados pela experiência. Além disso, ela falou sobre os desafios de conviver com o estresse pós-traumático e as dificuldades em estar em público.

Recuperação e desafios emocionais

Juliana revelou que, apesar de buscar ajuda profissional, a recuperação tem sido difícil. "Estou tomando remédio, fazendo terapia. Quatro vezes por semana eu tenho atendimento médico para poder restabelecer isso. Mas é bastante difícil, porque o estresse pós-traumático fica", explicou. A situação piora quando ela precisa enfrentar lugares públicos, algo que ainda a afeta emocionalmente.

A agressão aconteceu após uma discussão entre o casal, quando Igor, em um surto de raiva, teria jogado o celular de Juliana na piscina do condomínio. Ela relatou que ele já havia destruído outros aparelhos em momentos de fúria. A vítima reforçou que essa não foi a primeira vez que ele a agrediu e falou sobre o ciclo de violência que a prendeu no relacionamento tóxico.

O papel da denúncia e a luta pela justiça

Em seu relato, Juliana enfatizou a importância da denúncia e de não permitir que situações de abuso se normalizem. "Pode parecer assim: ‘ah, agora você vem falar sobre os sinais’, mas a dor é real. E ainda bem que estou aqui, viva, para contar. Porque tem mulheres que viram apenas números e estatísticas", disse.

Ela explicou que, apesar de ter vivido momentos de sofrimento, acredita que Deus tem um propósito maior em sua vida. "Se eu estou viva, é por causa dele também. Em outros casos, mulheres morrem por menos", afirmou. Juliana agora se dedica a transformar sua dor em força, usando a experiência para encorajar outras mulheres a denunciarem qualquer forma de violência.

Expectativa por justiça

Durante a entrevista, Juliana também compartilhou a expectativas quanto ao julgamento de Igor. "Espero que as medidas máximas cabíveis sejam tomadas", afirmou, destacando que ele não apenas a agrediu fisicamente, mas também a submeterá a um ciclo de abusos emocionais. 

Em uma das falas mais impactantes, ela alertou para os sinais de abuso, lembrando que um celular quebrado em uma briga pode ser apenas o começo de um ciclo de violência.

Além disso, Juliana mencionou a importância do porteiro do prédio, que agiu rapidamente e acionou a polícia, salvando sua vida. Ele foi fundamental no momento, uma vez que a situação foi registrada pelas câmeras do elevador. 

Vale ressaltar: a lei agora exige que, em casos de violência, qualquer testemunha deve acionar a polícia, e o porteiro cumpriu essa função.

A violência contra a mulher no Brasil

O caso de Juliana Soares chama atenção para a realidade da violência doméstica no Brasil. De acordo com uma pesquisa de março de 2025, mais de 20 milhões de mulheres no país sofreram algum tipo de agressão nos últimos 12 meses. 

Esses números revelam a magnitude de uma violência que, muitas vezes, permanece oculta. Em casos de agressão, é importante saber que as mulheres podem denunciar pelo número 180, dedicado ao atendimento da violência contra a mulher. Disque 190 para acionar a polícia em flagrante.

Fonte: Band.
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