
Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública, afirmou que os casos de contaminação por venda de bebidas alcoólicas contaminadas com metanol podem estar relacionados à compra de etanol adulterado no mesmo posto de gasolina ou na mesma rede.
"Como a concentração foi muito alta, 36%, passando de 40% (de metanol nas bebidas), é um número grande. É uma suspeita, ainda não dá cravar, que eles adquiriram no mesmo posto de gasolina. Se isso for confirmado, é algo muito ruim, mas que nos leva a um caminho, um processo para tranquilizar a população. Essa concentração é muito alta. Pode ser que tenham adquirido no mesmo posto ou na mesma rede", disse o secretário.
O secretário afirmou, no entanto, que ainda não há evidências da capilaridade que levou à distribuição da bebida adulterada em vários pontos do estado. Derrite disse ainda que a adulteração pode ter acontecido por engano dos falsificadores.
A polícia afirma que a fábrica e a distribuidora descobertas nesta sexta-feira têm relação direta com pelo menos duas das mortes registradas no estado. Uma pessoa foi presa na operação em São Bernardo do Campo. "As bebidas ingeridas no bar do Mooca eram dessa fábrica clandestina onde ela foi presa".
Outros endereços estão sendo vistoriados
Além de São Bernardo do Campo, endereços em São Caetano do Sul e na capital paulista também foram vistoriados. "Ao todo, oito suspeitos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos", segundo a SSP. Na operação, a polícia apreendeu garrafas, bebidas, celulares e outros itens para análise. As investigações continuam para identificar os envolvidos e a procedência dos produtos.