
O Instituto de Criminalística da Polícia Cientifica de São Paulo informou que o metanol encontrado em parte das garrafas apreendidas no estado foi adicionado, ou seja, não é produto de destilação natural.
“Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado, não sendo, portanto, produto de destilação natural”, informou o Instituto de Criminalística em nota enviada à Band.
No comunicado, o Instituto de Criminalística não informou a quantidade e nem os locais onde as garrafas foram apreendidas.
Leia a nota completa abaixo:
O Instituto de Criminalística da Polícia Científica de São Paulo trabalha 24h nas perícias de constatação e concentração das amostras apresentadas pela Polícia Civil, assim como na análise documentoscópica de rótulos e lacres dos recipientes. Pode-se afirmar, até o momento, e de acordo com as concentrações encontradas, que o metanol foi adicionado, não sendo, portanto, produto de destilação natural.
Casos de intoxicação por metanol em São Paulo
O governo de São Paulo informou nesta terça-feira (7) que já foram confirmadas três mortes por intoxicação por metanol no estado. Ao todo, são 176 casos investigados, com 158 em investigação e 18 confirmados. Outros sete óbitos são investigados.
“Com relação aos casos descartados, o total é de 85. No dia de hoje, foram descartados 38 novos casos após análises clínicas e epidemiológicas e outros 35 passaram a ser investigados”, relatou a Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo.
Na noite dessa segunda-feira, a prefeitura de São Bernardo do Campo, na região metropolitana da capital paulista, confirmou a morte cerebral de uma mulher de 30 anos que estava internada desde o fim de setembro. Os exames constataram a intoxicação por metanol.
O óbito de Bruna Araújo ainda não entrou no balanço da pasta, divulgado antes da confirmação da morte por parte da administração municipal.
Também nesta segunda, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciaram que a Polícia Civil identificou a presença de metanol em bebidas alcoólicas apreendidas em duas distribuidoras do Estado.
Elas estão na lista de 11 estabelecimentos - que também inclui bares, adegas e mercados - interditados sob a suspeita de comercializar bebida adulterada. Ao todo, 20 suspeitos de envolvimento na manipulação de bebidas foram presos esta semana, conforme o governo. Os detidos não teriam relação entre si e não se configuraram uma mesma quadrilha.