O atacante do Corinthians, Memphis Depay, está no centro de uma polêmica envolvendo sua hospedagem de luxo em São Paulo. O presidente do clube, Osmar Stabile, afirmou que o próprio jogador se ofereceu para deixar o hotel, que custa mais de R$ 250 mil por mês, para ajudar na redução de gastos.
No entanto, uma ata de reunião interna do Corinthians, obtida pelo Globo Esporte, contradiz essa versão e aponta que a diretoria solicitou a mudança para economizar.
Segundo Stabile, a decisão partiu do próprio Memphis como uma maneira de ajudar o clube. Contudo, a história apresenta outra versão. Na ata da reunião, consta que foi o presidente quem explicou ao jogador a necessidade de mudar para uma hospedagem mais barata.
O documento registra que Stabile "explicou sobre a necessidade de sair do hotel e ir para uma casa com custo menor".
Hotel de luxo tem diária de R$ 250 mil, dizem fontes
O jogador está hospedado em um dos endereços mais badalados e exclusivos da capital, localizado a poucos metros da Avenida Paulista. O triplex onde ele reside possui cerca de 1.100 metros quadrados e acomoda confortavelmente até oito pessoas.
A acomodação conta com salas amplas, cozinha completa, quatro banheiros, dois lavabos e uma área externa privativa com piscina.
Os hóspedes, incluindo Depay, têm direito a serviço de mordomo 24 horas, refeições all inclusive e acesso a uma área de spa exclusiva. O local é considerado um dos melhores hotéis do mundo.
Corinthians vive crise e busca empréstimo
O episódio da hospedagem ocorre em um momento financeiro delicado para o Corinthians: o clube segue sob "transfer ban", uma punição da FIFA que o impede de registrar novos jogadores devido a dívidas pendentes.
Atualmente, o débito pela contratação do zagueiro Félix Torres ultrapassa os R$ 40 milhões. Além disso, o próprio Corinthians deve cerca de R$ 23 milhões ao holandês, somando luvas, bônus e outras pendências contratuais.
Para tentar resolver a situação, a diretoria obteve autorização para contratar um empréstimo de até R$ 100 milhões, visando pagar o transfer ban, além do 13º e das férias dos funcionários.