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Médico de 75 anos perde R$ 85 mil em golpe do falso gerente de banco em SP
PCSP/Divulgação

Um médico de 75 anos, correntista do Bradesco há quase quatro décadas, perdeu mais de R$ 85 mil após ser alvo de uma modalidade sofisticada de estelionato conhecida como "golpe do falso gerente". A fraude, detalhada em reportagem do Brasil Urgente, baseia-se na manipulação tecnológica para que o número de telefone do criminoso apareça no visor da vítima como se fosse o contato oficial da agência bancária.

O crime começou com uma ligação de um homem que se identificou como gerente geral da unidade onde o idoso possui conta. O interlocutor afirmou que o banco investigava descontos indevidos em contas de clientes e que precisava da colaboração da vítima para verificar a idoneidade de funcionários internos. Para dar veracidade à farsa, o criminoso realizou uma chamada de vídeo e apresentou uma planilha com supostas retiradas vultosas da conta do médico.

Manipulação e uso de biometria
Durante três dias de interação, os golpistas conseguiram isolar a vítima, convencendo-a a não comparecer pessoalmente à agência sob o pretexto de não atrapalhar a investigação interna. O estelionatário chegou a utilizar a imagem da gerente direta do médico para ganhar confiança. "Veio a foto da Jaqueline... eram os golpistas atuando em nome de determinadas pessoas", relatou a vítima.

Para tranquilizar o idoso, os criminosos enviaram comprovantes falsos de cancelamento de transações. No entanto, enquanto simulavam a proteção do patrimônio, realizavam transferências reais. Em determinado momento, os fraudadores conseguiram que o médico utilizasse o recurso de biometria facial, o que permitiu a liberação de valores elevados. O idoso, que atualmente luta contra um câncer, teve três pedidos de ressarcimento negados pela instituição financeira.

Técnica de Spoofing
O caso não é isolado. Uma jornalista relatou ao Brasil Urgente ter recebido uma ligação idêntica, originada do mesmo número de telefone de seu gerente real. Ela não caiu no golpe por notar erros de linguagem no interlocutor. Ao procurar o banco, foi informada de que outros clientes haviam sido abordados na mesma tarde.

O advogado especialista em crimes cibernéticos ouvido pela reportagem explica que a técnica é chamada de spoofing. Por meio de aplicativos de computador, os criminosos conseguem mascarar a origem da chamada, fazendo com que o identificador de chamadas do celular mostre o número legítimo do banco.

Dados da Serasa indicam que o Brasil registrou quase 7 milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre deste ano, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Mais da metade dessas ocorrências envolvem bancos e emissores de cartões.

Em nota, o Bradesco informou que utiliza mecanismos para identificar riscos e dispara alertas em transações suspeitas. O banco afirmou ainda ter adotado a solução de "origem verificada" da Anatel para autenticar chamadas. Sobre o caso específico do médico, a instituição declarou que, por questões de sigilo, trata o assunto diretamente com o cliente.

Fonte: Band.
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