 
    A mãe de um policial que foi morto durante a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, relatou o último contato que teve com o filho, antes de ser baleado. A operação, considerada como a mais letal da história, deixou mais de 100 mortos, sendo quatro policiais.
“Ele disse ‘mãe, eu vou aí mais tarde. Eu te amo!’ e eu disse que também amava ele. Foram as últimas palavras dele. Hoje, eu vou enterrar ele. Hoje o meu chão abriu, uma mulher está destruída”, lamentou.
A esposa de um dos policiais mortos durante a megaoperação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, trocou mensagens com ele momentos antes de ele morrer.
Na conversa realizada pela manhã, o sargento Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, chegou a responder que “estava tudo bem” e pediu para que a companheira continuasse com as orações. Horas depois, ela tentou ligar para ele algumas vezes, mas não teve respostas.
O sargento do Bope foi um dos 4 policiais mortos durante a operação desta terça-feira (28). Heber estava na corporação desde 2011.
Balanço da operação
O balanço da megaoperação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, contabiliza 119 mortos, sendo 115 classificados como narcoterroristas e quatro policiais, de acordo com o delegado e secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
81 criminosos foram prisões, além de mais de meia tonelada de drogas e 93 fuzis apreendidos. Três inocentes foram baleados, sendo um deles uma pessoa em situação de rua e duas mulheres. Uma delas malhava em uma academia, quando foi atingida.
Veja os quatro políciais que morreram na operação:
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como Máskara, recém-promovido comissário de polícia da 53ª DP (Mesquita);
- Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, da 39ª DP (Pavuna);
- Cleiton Serafim Gonçalves, 40 anos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope);
- Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope)
 
