
Após meses de espera, Lucas Rangel e Lucas Bley anunciaram o nascimento da pequena Mia, primeira filha do casal. Os dois estavam nos Estados Unidos desde meados de setembro para encontrar a mulher que estava grávida da bebê. O casal optou pelo método da barriga de aluguel, para poderem se tornar pais.
Nas redes sociais, os dois brincaram com o nome da pequena, que faz referência à princesa Mia, de "Diário de Uma Princesa", da Disney. No vídeo, eles refazem a cena em que a personagem de Anne Hathaway tem uma transformação de beleza.
O método escolhido por Rangel e Bley para se tornarem pais é o mesmo que o comediante Paulo Gustavo e o marido, Thales Bretas optaram para terem os gêmeos Gael e Romeu, hoje com cinco anos e que também nasceram nos Estados Unidos.
No país, a prática da barriga de aluguel é permitida e agências orientam casais que, por algum motivo, não podem naturalmente se tornarem pais. No caso de Rangel e Bley, uma mulher carrega e dará à luz a um bebê inseminado artificialmente.
Quanto custa e como funciona a barriga de aluguel?
Nos Estados Unidos os preços podem variar e chegar a mais de R$ 700 mil. O processo de gestação por substituição, ou seja, a barriga de aluguel, tem diversos tipos de planos feitos especialmente para cada casal.
Dentre os custos listados, estão honorários profissionais, taxas e despesas da agência, custos de seguro, transporte de embriões, pré-Natal e, inclusive, seleção da gestante e emissão de acordos legais.
As agências especializadas acolhem as famílias que buscam ter um filho pela gravidez por substituição, gerenciam consultas com médicos e advogados, encontros dos pais com a gestante e até reservas de hospital. Há até planos de 'garantia', em que as agências dão tentativas e repetições ilimitadas de cada etapa do processo de gestação.
Normalmente, quem procura por uma barriga de aluguel são casais formados por homens cisgênero homossexuais, heterossexuais que não podem engravidar por alguma questão de saúde, ou pessoas solteiras que desejam ter um filho.
Barriga de aluguel é proibida no Brasil, mas a solidária é permitida
Muitos casais brasileiros optam por ir aos Estados Unidos e outros países para se tornarem pais porque o Brasil proíbe a prática da barriga de aluguel, de pagar para alguém engravidar e 'alugar' aquele ventre por nove meses.
No Brasil, não existe uma legislação que trate a reprodução assistida ou a barriga de aluguel, mas o Conselho Federal de Medicina regulamenta a prática da gravidez por substituição desde 2022. O CFM apenas permite a barriga solidária, que, diferente da de aluguel, não cria vínculos legais entre a gestante e os pais.
Neste método, a gestante não pode comercializar o próprio ventre para gerar o bebê e deve engravidar de forma voluntária. Ou seja, a regra no Brasil é que a pessoa que irá ceder o útero tenha parentesco de até quarto grau com um dos membros do casal e a gravidez não seja uma transação comercial.