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Juiz embriagado que atropelou e matou ciclista em SP responderá por homicídio culposo

O juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, de 61 anos, vai responder por homicídio culposo — quando não há intenção de matar — após atropelar e matar a ciclista Thaís Bonatti, de 30 anos, na cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo.

O caso ocorreu na madrugada da última sexta-feira (25), e o magistrado, mesmo flagrado embriagado ao volante, foi liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 40 mil.

A vítima seguia de bicicleta para o trabalho quando foi atingida pelo carro conduzido por Rodrigues Júnior. Segundo a apuração da Rádio Bandeirantes, ele havia saído de uma boate naquela madrugada, estava sob efeito de álcool e tinha uma mulher nua sentada em seu colo no momento do atropelamento.

Levado à delegacia, o juiz aposentado teve a embriaguez confirmada por exame. Inicialmente, o caso foi registrado como lesão corporal culposa. Com a morte da vítima, o inquérito foi reclassificado para homicídio culposo. No entanto, juristas e especialistas apontam que, em situações semelhantes envolvendo motoristas alcoolizados, é comum a imputação de homicídio com dolo eventual, quando o condutor assume o risco de matar.

Além da condução sob efeito de álcool, o comportamento do juiz no momento do crime chamou a atenção das autoridades e da opinião pública. Apesar disso, a Justiça não o enquadrou nas modalidades mais graves previstas para crimes de trânsito.

O caso tramita em segredo de Justiça. No entanto, a reportagem apurou que Rodrigues Júnior é aposentado compulsoriamente e recebe cerca de R$ 130 mil por mês. A fiança de R$ 40 mil, portanto, corresponde a menos de um terço de seus rendimentos mensais.

Durante o Jornal Gente, a bancada criticou a passividade com o juiz. “O que está em jogo aqui é a diferença de tratamento. Se fosse qualquer outro cidadão, muito provavelmente responderia por dolo eventual ou até homicídio doloso”, destacou Pedro Campos. “É uma tragédia que expõe o desequilíbrio no sistema penal".

Cláudio Humberto também questionou o segredo de Justiça: “Isso serve para proteger o magistrado ou para esconder da sociedade os detalhes do crime? É preciso garantir que o processo seja transparente, ainda mais em um caso como esse".

A morte de Thaís Bonatti comoveu a cidade de Araçatuba. Familiares e amigos da jovem exigem justiça e cobram que a responsabilização do magistrado seja proporcional à gravidade do ocorrido.

Fonte: Band.
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