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Irmã de suspeita de envenenar feijoada é presa por envolvimento nos crimes
Reprodução/Brasil Urgente

A investigação sobre Ana Paula, suspeita de ser uma serial killer e de envolvimento em quatro homicídios, resultou na prisão de sua irmã gêmea por participação nos crimes. Ana Paula, que é técnica em enfermagem e estudante de Direito, foi detida em 4 de setembro. A polícia descobriu que as irmãs utilizavam um código para se comunicar, referindo-se às execuções como "TCCs" (Trabalhos de Conclusão de Curso).

De acordo com o inquérito policial ao qual o Brasil Urgente teve acesso, a irmã de Ana Paula teria participação ativa no planejamento e na negociação dos valores cobrados pelas execuções. Ela orientava a suspeita a elevar os valores e sugeriu o montante de R$ 4 mil como mínimo por "trabalho". A irmã também instruía Ana Paula a aceitar apenas pagamentos em dinheiro, com o objetivo de não deixar rastros nas transações financeiras.

A irmã gêmea de Ana Paula está presa no 1º Distrito Policial de Guarulhos. As apurações indicam que a execução dos crimes era sempre realizada por Ana Paula.

Modus Operandi e confissões

A polícia notou que Ana Paula estava presente em diversas ocorrências de mortes consideradas suspeitas ou por causas naturais. Com a formação em enfermagem e os estudos em Direito, a suspeita demonstrava grande dissimulação, comparecendo aos locais e prestando declarações na delegacia, sempre na condição de testemunha e nunca como acusada, apresentando sempre uma narrativa para cada evento.

Um dos casos agora atribuídos a Ana Paula é a morte de Marcelo Fonseca, de 50 anos, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Marcelo, que morava sozinho, alugou a casa dos fundos para Ana Paula cerca de 15 dias antes de ser encontrado morto. A residência da suspeita era separada da casa da vítima por uma tábua.

Na época do crime, a própria Ana Paula ligou para a Polícia Militar (PM). Ela alegou que não via Marcelo há dias e que havia sentido um cheiro estranho vindo da parte da frente do imóvel. Ao chegarem no local, os policiais encontraram o corpo da vítima no sofá, já em avançado estado de decomposição.

Moradores e pessoas que trabalhavam no bairro relataram que Marcelo bebia e usava drogas, o que levou a comunidade a acreditar que a causa da morte estaria relacionada a esses fatores. Meses depois, no entanto, Ana Paula confessou o crime. Ela disse que decidiu matar Marcelo após uma discussão: "Foi quando ele subiu a escada e falei: vou matar". A suspeita também admitiu ter queimado o sofá na tentativa de abafar o forte odor exalado pelo corpo em decomposição.

Caso do Tunisiano Hayder Mhazres

Outra vítima de Ana Paula, segundo a investigação, foi o tunisiano Hayder Mhazres, de 21 anos. Inicialmente, a morte de Hayder também foi relacionada ao uso de drogas.

Em seu depoimento à polícia, Ana Paula alegou que encontrou-se com a vítima após o trabalho, lancharam juntos e foram até uma praça. Em casa, a suspeita disse que o tunisiano começou a suar e a passar mal, dirigiu-se ao banheiro e perdeu a consciência em razão de uma parada cardiorrespiratória.

Além disso, a estudante de Direito teria tentado enganar a família de Hayder ao inventar que estava grávida dele, mais uma evidência da dissimulação utilizada nos casos. A polícia continua a investigação para determinar o método de execução utilizado em cada vítima e o número total de crimes cometidos pela dupla.

Fonte: Band.
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