A partir de 1º de janeiro de 2026, entram em vigor novas regras para a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) aplicada aos refrigeradores comercializados no Brasil. A atualização, prevista na Portaria Inmetro nº 736, de 2024, tem como objetivo fornecer informações mais claras aos consumidores sobre eficiência energética e estimular escolhas mais conscientes na hora da compra.
As mudanças fazem parte do aperfeiçoamento contínuo do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Inmetro, que busca tornar a comparação entre produtos mais transparente, incentivar a inovação tecnológica e contribuir para o consumo eficiente de energia no país.
Entre as principais alterações está o fim das subclasses A+, A++ e A+++, adotadas para diferenciar modelos mais eficientes. A partir de 2026, a etiqueta exibirá apenas três classes de eficiência energética para refrigeradores: A, B e C, alinhadas aos novos índices mínimos do Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores de uso doméstico.
Segundo João Nery, diretor de Avaliação da Conformidade do Inmetro, os produtos disponíveis nas lojas a partir do próximo ano serão, em média, 17% mais eficientes que os atuais, considerando índices de eficiência energética de 85,5% do consumo padrão, de acordo com a norma de ensaio IEC 62552:2007.
O Inmetro orienta os consumidores a observar, além da classificação (A, B ou C), o volume interno do equipamento e o consumo mensal em kWh, informações que permitem comparar diferentes modelos e estimar o consumo diário de forma mais precisa. Com isso, a expectativa é que o consumidor possa fazer escolhas mais econômicas e, em consequência, reduzir gastos com energia elétrica.