O homem identificado como Cristiano Kellerman foi preso em flagrante nesta quarta-feira (17) após invadir o condomínio onde mora a atriz Isis Valverde, no Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. O suspeito admitiu às autoridades que perseguia a artista há pelo menos duas décadas e alegou estar "apaixonado".
A prisão ocorreu após uma intervenção da Delegacia Anti-Sequestro (DAS). Segundo informações apuradas pela equipe do programa Melhor da Tarde, divulgadas nesta quarta-feira (17), o homem é natural do Rio Grande do Sul e viajou até a capital fluminense exclusivamente para monitorar os passos da atriz, chegando a contratar serviços profissionais para localizá-la.
Em nota oficial enviada ao programa, Isis Valverde confirmou o episódio e agradeceu a ação policial. "Agradeço o trabalho das autoridades pela rápida intervenção. Minha prioridade é a segurança da minha família e de todos ao meu redor", afirmou a atriz, que já possuía uma medida protetiva contra o agressor.
Homem contratou detetive particular para descobrir detalhes da vida de Isis Valverde
A investigação aponta que Cristiano Kellerman utilizou métodos planejados para romper a privacidade da artista. Alexia Alcantarino, repórter da Leo Dias TV, revelou que o suspeito contratou um detetive particular para obter detalhes da vida íntima de Isis, incluindo a localização exata de sua residência.
A contratação do profissional levantou debates entre os apresentadores sobre a ética e a legalidade desse tipo de serviço. Chris Flores questionou a conduta do investigador que aceitou a tarefa: "Tem que punir o detetive também. Como um profissional faz um trabalho desses sabendo que é para descobrir onde mora uma pessoa famosa?".
Thiago Pasqualotto reforçou que a situação não se trata de admiração, mas de um quadro patológico. "Isso não é fã, é psicopata. É um perseguidor. Tem gente que confunde com amor de fã, mas não é", pontuou o apresentador, citando que a perseguição começou praticamente junto com a carreira da atriz.
Impacto psicológico e segurança de celebridades
O debate no Melhor da Tarde também abordou o trauma causado pelo "stalking" (perseguição obsessiva). Thiago Pasqualotto relembrou casos semelhantes vividos por outras famosas, como Paolla Oliveira, Débora Falabella e Ana Hickmann, ressaltando que o desfecho poderia ser trágico.
Chris Flores destacou que a perseguição impõe uma rotina de medo constante à vítima. "Isso é uma violência psicológica. A pessoa não pode fazer um post no momento em que está no lugar, porque ele pode aparecer. Ela começa a pensar se vai ter alguém na porta de casa ou se vai sofrer um atentado", avaliou.