A Justiça do Rio de Janeiro condenou nesta quinta-feira (3) o ex-marido de Karina Garofalo a 40 anos de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado. Ele era acusado de planejar a execução da ex-mulher, morta em 2018 enquanto caminhava com o filho, à época, com 11 anos.
Para o júri, o crime foi cometido por motivo torpe, com emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que foi atingida pelos tiros nas costas, de surpresa. Além disso, o júri considerou que o crime foi praticado por razões da vítima ser do sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, cometido na frente do descendente da vítima e réu.
Segundo os autos, o crime foi cometido por "vingança abjeta contra a vítima em razão de disputas judiciais que envolviam a divisão de bens”. Os disparos partiram da arma de Paulo Maurício Barros Pereira, primo de Pedro Paulo, sendo acompanhado por Hamir Feitosa Todorovic, que monitorava os hábitos de Karina.
Hamir já foi condenado a 30 anos de prisão e morreu enquanto cumpria a pena. Já Paulo Maurício e o pai de Pedro Paulo esperam pelo julgamento. O ex-sogro de Karina é acusado de ser o segundo mandante.
A sentença ressalta que o "crime foi meticulosamente premeditado pelo réu, tendo refletido por considerável lapso temporal a empreitada criminosa, trabalhando psiquicamente a conduta, planejando modo de execução, álibis e janela de oportunidade adequada para ceifar a vida da vítima”.