
Nos Estados Unidos, o primeiro corte de juros do ano chega em um momento de tensão na economia, com os preços em alta e empregos em baixa. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego subiram para o nível mais alto desde outubro de 2021.
Agora, o país enfrenta uma combinação perigosa na economia: a inflação acima de 2% e preços pressionados pelo tarifaço. Além disso, os EUA registraram a maior taxa de desemprego em quatro anos: 4,3%.
Em agosto, 22 mil empregos foram criados, dado muito abaixo do esperado e, claro, que provoca um crescimento lento da economia.
“Senhor tarde demais”
Trump queria um corte ainda maior do que o anunciado. Ele diz que os juros altos prejudicam o setor imobiliário e afetam os investimentos privados e o poder de compra das famílias. A pressão implacável rendeu até um apelido jocoso: Trump chamou o presidente do Banco Central americano, Jerome Powell, de “senhor tarde demais”, uma crítica pela demora para cortar juros.
O presidente norte-americano também chegou a demitir a diretora do Banco Central, Lisa Cook, citando acusações de fraude hipotecária, mas a tentativa acabou sendo barrada na Justiça.
A grande dúvida é se esse corte, de 0,25 ponto percentual, será suficiente para aliviar os preços e aquecer o mercado de trabalho.