
Pesquisas desenvolvidas na Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, identificaram o potencial do própolis no combate à Covid-19 e à dengue.
A substância, produzida pelas abelhas a partir da resina de plantas, apresentou ação antiviral e efeito larvicida em testes realizados pelos cientistas.
Ação contra a Covid-19
Nos ensaios pré-clínicos realizados em laboratório, os pesquisadores observaram que o extrato de própolis foi capaz de reduzir a infecção e a replicação do coronavírus em culturas de células.
Segundo os cientistas, o produto não substitui a vacinação, mas pode atuar como aliado na prevenção de novas infecções, funcionando como um agente profilático.
Combate ao mosquito da dengue
Os estudos também mostraram resultados promissores no enfrentamento ao Aedes aegypti. A chamada geoprópolis, produzida pela abelha mandaçaia, eliminou 90% das larvas em 24 horas e 100% em 48 horas.
Apesar disso, a produção da substância pelas abelhas é considerada pequena, o que inviabiliza seu uso direto como inseticida.
A boa notícia, de acordo com os pesquisadores, é que o mesmo composto está presente na resina da árvore pinus, que pode ampliar a produção em escala.
Da pesquisa ao mercado
O própolis já começou a ser comercializado como produto auxiliar contra a Covid-19. No caso da geoprópolis, a tecnologia está pronta e aguarda interesse de empresas para entrar no mercado como alternativa no combate à dengue.
Continuidade das pesquisas
Os cientistas ressaltam que os estudos seguem nos laboratórios de Ribeirão Preto, com foco em plantas, micro-organismos e produtos de abelhas sem ferrão.
A expectativa é desenvolver alternativas economicamente viáveis para auxiliar no enfrentamento de doenças que afetam milhões de brasileiros.