
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais, na noite desta quarta-feira (24), para criticar os senadores que rejeitaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Segundo o parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, os senadores que rejeitaram a proposta são “serviçais”.
“Os senadores e governadores que impediram a criação das garantias mínimas contra o regime de exceção são serviçais complacentes dos tiranos. Vocês é que estão desconectados com o povo, emprenhados por narrativa da Globo e impressionados com artista fazendo micareta na rua. Vocês são reféns de desinformação e engodo”, escreveu Eduardo na plataforma X, antigo Twitter.
“Optaram em manter os poderes ilimitados da burocracia não eleita, por puro medo politiqueiro”, acrescentou.
Para o parlamentar, a PEC tentava criar “mecanismo de proteção contra o regime de exceção implementado por um Judiciário corrupto e aparelhado”. “Blindagem já existe, para os corruptos comparsas e cúmplices dos agentes do regime que estão no Judiciário”, declarou.
“Nesse país, só vai para cadeia parlamentar que ousa pensar diferente dos dogmas da extrema-esquerda no poder. Parlamentar corrupto goza de todas as blindagens que seus comparsas no poder permitem”, finalizou.
Arquivamento da PEC da Blindagem
Após a rejeição na CCJ do Senado, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), arquivou a proposta que determinava que deputados e senadores só poderiam ser processados após autorização prévia da Câmara ou do Senado.
O arquivamento ocorre após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ter rejeitado, por unanimidade, o texto.
Como a comissão considerou o texto inconstitucional, Alcolumbre afirmou que a proposta não deve ser votada pelo plenário e determinou o arquivamento definitivo. "Esta presidência, com amparo regimental claríssimo, determina o seu arquivamento sem deliberação de Plenário", disse Alcolumbre.
Ele ainda elogiou a atuação do presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), e do relator da proposta, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).