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De onde vêm os nomes dos furacões? Saiba por que muitos são femininos
Foto: Divulgação/Força Aérea dos EUA

O batismo de tempestades tropicais, como furacões, tufões e ciclones, é um procedimento rigoroso e essencial para a comunicação de alertas, gerenciamento de riscos e registro histórico. Estudos sugerem que  furacões severos com nomes mais femininos resultavam em um número significativamente maior de mortes.  

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o objetivo principal de nomear um ciclone tropical é facilitar a sua identificação e memorização pelo público e pelos serviços de meteorologia, tornando as comunicações mais rápidas e menos sujeitas a erros do que os antigos métodos de identificação por latitude e longitude.

A OMM, um órgão da Organização das Nações Unidas, é a responsável por manter as listas de nomes utilizadas globalmente, por meio de seus comitês regionais.

Nome pode variar de acordo com a região 

O processo de nomeação varia ligeiramente em cada bacia oceânica, sendo adaptado às realidades regionais. No caso do Atlântico Norte, do Mar do Caribe e do Golfo do México, por exemplo, o Comitê de Furacões da Associação Regional IV da OMM utiliza seis listas rotativas de 21 nomes cada.

Como explica a OMM, estas listas são reutilizadas a cada seis anos e alternam entre nomes masculinos e femininos, além de serem equilibradas entre nomes de origem inglesa, francesa e espanhola, refletindo a abrangência geográfica das tempestades na região. As letras Q, U, X, Y e Z são geralmente omitidas, pois é difícil encontrar seis nomes adequados (um para cada lista rotativa) que comecem com essas letras.

Furacões severos tem nomes femininos

Curiosamente, o processo de nomeação já gerou controvérsias e estudos acadêmicos. Pesquisadores da Universidade de Illinois, por exemplo, publicaram uma análise sobre as taxas de mortalidade em furacões nos EUA entre 1950 e 2012 (excluindo os mais mortíferos) e sugeriram que furacões severos com nomes mais femininos resultavam em um número significativamente maior de mortes.  

O estudo indicou que a percepção de risco era menor para tempestades com nomes femininos, o que levava a uma preparação inadequada do público. Embora essa teoria tenha sido amplamente debatida, ela destaca como a escolha de um nome pode influenciar a resposta humana a um desastre.

Se mais de 21 tempestades receberem nomes em uma temporada, o que aconteceu em anos recordes como 2005 e 2020, uma lista suplementar de nomes é usada, substituindo o método anterior que utilizava o alfabeto grego, extinto após a temporada de 2020. Esta medida, adotada pela OMM, visa garantir a clareza e evitar a confusão no batismo de tempestades extremas.

Fonte: Band.
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