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Casal que teve filhos por barriga de aluguel detalha processo: 'US$ 200 mil'
Reprodução/Instagram/@sigaolar

Assim como os influenciadores Lucas Rangel e Lucas Bley, Cássio Freitas e Siomar Pereira optaram pela barriga de aluguel para realizar o sonho da paternidade. Hoje com seis meses, os pequenos Antônio e Bento demoraram três anos para chegar ao mundo, com muito planejamento, burocracia e uma boa ajuda da medicina. 

Para o Band.com.br, os pais contam que desde o casamento decidiram ir atrás de uma forma de terem filhos biológicos. "Nos inspiramos no Paulo Gustavo e o Thales Bretas, encontramos o médico que fez o processo para eles e, a partir daí, foi uma longa jornada até a chegada dos meninos", conta Cássio. 

Dentre toda a burocracia jurídica, o processo médico e as custas hospitalares nos Estados Unidos, o casal estima que gastou US$ 200 mil. Algo em torno de R$ 1 milhão na cotação atual. "Não foi de uma vez, foi em fases. Há três fases que passamos nesse processo, primeiro encontrar a clínica de fertilização, depois a agência de doação de óvulos, fazer exames, e, enfim, encontrar a barriga de aluguel e inseminar os embriões que foram fertilizados lá no começo", conta Siomar. 

O empresário, inclusive, conta que o casal passou pelo risco de repetir e pagar certos procedimentos. "Passamos por oito candidatas de barriga de aluguel até uma ser escolhida e aprovada pelo médico. Mas caso os embriões acabem e a gestante não seja fertilizada, voltamos para a fase dois e começa tudo de novo", diz. Mas, segundo os dois, graças à escolha criteriosa do médico, custos a mais não foram necessários. 

O casal relata que fez exames genéticos, enviou documentação para todas as agências e precisou encontrar tanto uma doadora de óvulos, quanto uma mulher que estivesse disposta a gestar para os dois. A gestante, inclusive, ainda é amiga do casal. "Ela acompanha a gente, tivemos um contato muito legal com ela na gestação, ela contava tudo, fazia videochamada, mandava vídeo, era uma relação diária que segue ativa", conta. 

'Ter os gêmeos foi um processo solitário'

Os gêmeos Antônio e Bento | Arquivo pessoal

Além dos três anos, Cássio e Siomar avaliam que o processo de barriga de aluguel pode ser solitário para o casal. "Ninguém falava abertamente sobre isso lá atrás. Tivemos que ir vasculhando, perguntado para advogados, médicos, porque ninguém mostra o passo a passo", conta Cássio. 

Apesar do apoio familiar na jornada, os dois relatam que a falta de informação desde o começo até a vinda dos bebês para o Brasil foi angustiante. "Uma tensão grande, é delicado, envolve um sonho grande e você se sente sozinho, mesmo com uma série de profissionais tentando te ajudar", diz. 

"Falta a orientação, o peso financeiro de pagar US$ 30 mil de um dia para o outro em uma etapa e principalmente a angústia de fazer um processo à distância, seus filhos serem gerados lá nos Estados Unidos e você aqui", pontua Siomar. 

Para vir ao Brasil, o casal enfrentou o problema da documentação dos bebês. "Eles nasceram lá, fizemos uma certidão de nascimento americana e uma brasileira, provisória na embaixada, os passaportes dos dois e, aqui, precisamos ir no cartório fazer a certidão oficial", relata Cássio. 

Casal chegou a cogitar barriga solidária, mas não adoção

No Brasil, a barriga de aluguel é proibida pelo Conselho Federal de Medicina, que regulamenta apenas a gravidez por substituição, a famosa 'barriga solidária'. Nesse modelo, a gestante é vetada de comercializar o próprio ventre e só pode engravidar para algum casal caso tenha parentesco de até quarto grau com um dos membros do casal e a gravidez não seja uma transação comercial. 

E, justamente pela falta de alguém que tenha esse parentesco, Cássio e Siomar se voltaram à barriga solidária. "Não tínhamos nenhuma candidata, não temos mães, irmãs ou primas. Para uma amiga engravidar por nós, a gente tinha que pedir autorização e ainda teria a questão do registro depois", comenta Cássio. 

Sobre a adoção, o casal descartou a possibilidade por dois motivos: por optar pela geração de bebês biologicamente deles e por dificuldades que amigos passaram com o sistema de adoção no Brasil. "Queríamos um processo seguro, tivemos amigos que pediram de volta a criança depois de um ano de convívio, então a gente preferiu um processo longo, mas que os pequenos fossem nossos", diz. 

'Família toda voltada aos pequenos'

Desde antes do nascimento, as famílias de Cássio e Siomar já pensavam na alegria em ter os gêmeos. Além da cobrança por atualizações do processo, hoje eles se voltam para os bebês. 

Atualmente, Antônio e Bento estão com seis meses e, para os pais, os dois são o centro das atenções da família. "Não pensamos em fazer nada a não ser com eles. É final de semana com eles, tudo com os dois", celebra Cássio. 

Valeu cada centavo, cada esforço, cada medo, porque hoje não imagino acordar e não pensar neles - Cássio Freitas. 

O casal, inclusive, já planeja um batizado na Igreja Católica para os dois. "Era nosso sonho e da família os bebês serem batizados, as famílias são bem religiosas. Então a gente demorou para achar, mas o padre Antônio, da Igreja de Assunção, nos Jardins, convidou a gente e disse que éramos bem-vindos", conta Cássio.

Fonte: Band.
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