
O ovo foi um protagonista da economia neste ano, apontado como um dos alimentos que mais influenciou a alta da inflação nos primeiros meses do ano. No entanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção nacional de ovos mostra que os brasileiros estão entre os que mais consomem ovos no mundo. Nesse ritmo, até o final do ano, a média brasileira deve ser de 288 ovos por pessoa, 19 unidades a mais do que em 2024.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com esta média, o Brasil fica na 7ª posição entre os maiores consumidores de ovos e se iguala ao consumo da Rússia. O país que mais consome ovos no mundo é o México, com 360 ovos por habitante, seguido pelo Japão – 347 ovos por pessoa- e a China, com 310 ovos por habitante. A projeção da ABPA é que, em 2026, o consumo aumente mais, com 306 ovos por pessoa e, em 2035, 430 ovos por pessoa.
O aumento no consumo estaria ligado à conscientização sobre o produto, considerado uma proteína de alta qualidade, e a busca por uma alimentação mais saudável. No passado, o ovo já foi considerado um vilão. “As evidências científicas mostraram que na verdade o ovo é um alimento saudável”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA.
De acordo com o levantamento do IBGE divulgado nesta quinta-feira (11), a produção de ovos em 2025 teve um pico no mês de abril, impulsionada principalmente pelo período da Quaresma, quando os católicos não comem carne vermelha e optam por consumir outras fontes de proteína de origem animal. No mês, o IBGE apontou uma produção de 11,4 milhões de dúzias por dia.
A produção de ovos no Brasil deve chegar a 62 bilhões de unidades neste ano, 7,5% a mais que o registrado no ano passado, 57,6 bilhões de ovos e, em 2026, espera-se nova expansão, com 65 bilhões de unidades produzidas, 4,8% a mais.