A bancária Bárbara Elisa Borges, de 28 anos, morta em um tiroteio na Linha Amarela no Rio de Janeiro, era recém-casada e cheia de sonhos, um deles era o de engravidar.
Ainda segundo a família, Bárbara havia acabado de ser promovida no trabalho. Pouco antes de morrer, ela revelou à família planos de engravidar no próximo ano, após uma última viagem sem bebê, conforme relatou a sogra, Andréia Assis.
Horas antes de ser baleada, Bárbara fez uma publicação em suas redes sociais, que dizia, em outro trecho: "O que tem preço, a gente recompra. A maioria das coisas que perdemos, a gente recupera, mas pessoas, não". A publicação também afirmava: "O que tem valor, quando vai embora, leva um pedaço da gente junto. e, acredite, é caro demais perder aquilo que não tem preço".
Entenda como aconteceu o crime
Bárbara estava em um carro de aplicativo, quando foi atingida na altura da cabeça por uma bala perdida durante um confronto entre criminosos que tentam roubar um veículo e foram atacados por rivais do Complexo da Maré.
De acordo com o relato do motorista de aplicativo, Renato Cardoso, a bala atingiu a passageira na cabeça. O motorista relatou que, em sete anos de serviço, nunca havia presenciado algo nem parecido, e classifica o momento do Rio de Janeiro como de "guerra civil".
A bancária foi socorrida e levada ao Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. A Polícia Militar informa que um fuzil foi apreendido no local do confronto e que um criminoso baleado foi preso. Este bandido, atingido pelos disparos que partiram de rivais da Maré, foi encaminhado para a mesma unidade de saúde e, após passar por cirurgia, foi levado ao CTI.
Neste sábado (1º/11), familiares de Bárbara foram no Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo da vítima.