
Uma denúncia anônima reacende as buscas pelo paradeiro de quatro homens desaparecidos há mais de 40 dias no noroeste do Paraná. Segundo a carta enviada à família de uma das vítimas, os corpos poderiam estar enterrados em um cemitério clandestino em meio a uma região de mata. Equipes policiais utilizam cães farejadores para tentar localizar o local exato.
As vítimas são Alencar Gonçalves de Souza, de 36 anos, produtor rural, e três amigos que trabalhavam em uma empresa de cobrança de dívidas em São José do Rio Preto (SP): Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso. Eles desapareceram em 4 de agosto, após viajar até Icaraíma para tentar receber uma dívida de R$ 255 mil referente à venda de um terreno.
Carro enterrado reforça hipótese de execução
Na última sexta-feira, a polícia encontra o carro utilizado pelo grupo enterrado a cinco metros de profundidade em uma área de mata. O veículo estava coberto por uma lona, com marcas de tiros e manchas de sangue. Para os investigadores, os indícios reforçam a hipótese de que os desaparecidos tenham sido executados.
O automóvel é localizado depois de outra carta anônima, entregue na porteira do sítio do pai de Alencar. Essa pista leva os agentes até o local do enterro clandestino do veículo, que foi retirado com o auxílio de máquinas.
Pai e filho são suspeitos e estão foragidos
As investigações apontam como principais suspeitos Antonio Buscariallo, de 67 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Buscariallo, de 22, compradores da propriedade alvo da cobrança. Segundo a apuração, eles teriam recebido as vítimas para uma negociação e prometido quitar a dívida no dia seguinte. O pagamento, porém, não ocorreu, e o grupo desapareceu após o encontro.
A Justiça decretou a prisão temporária de pai e filho, mas ambos ainda não foram localizados.
Mistério permanece
As famílias das vítimas aguardam respostas e cobram rigor na investigação. Enquanto isso, a polícia concentra esforços na busca por indícios do suposto cemitério clandestino que pode abrigar os corpos.
Até o momento, não há confirmação sobre o paradeiro das quatro vítimas. As diligências seguem em andamento.