Uma advogada americana, de 57 anos, denuncia ter sido estuprada por um funcionário do hotel onde estava hospedada em São Paulo, próximo à Avenida Paulista. O caso foi registrado por meio de um boletim de ocorrência em setembro do ano passado, quando a profissional estava na cidade a trabalho.
A americana relata à polícia que desceu até a recepção do hotel para pedir jantar e uma garrafa de vinho. A entrega no quarto foi feita por um funcionário de 19 anos. Segundo a denúncia, ele a forçou a ter relação sexual.
Documentos da investigação indicam que câmeras de segurança do hotel mostram o funcionário permanecendo no quarto por nove minutos, e ele é visto saindo do local ajustando as roupas.
A vítima afirma que, após o ocorrido, chamou um amigo americano que estava hospedado no mesmo hotel. Esse amigo teria solicitado à recepção que a polícia fosse acionada, mas o pedido teria sido negado. A ocorrência só foi registrada após uma amiga brasileira da vítima ligar para o 190.
Já os advogados do hotel declaram que a equipe seguiu o protocolo de acolhimento "Não se Cale", prestando assistência e acompanhando a americana até a delegacia. O funcionário foi demitido.
Próximos passos e consequências
Exames realizados no Instituto Médico Legal (IML) comprovaram lesões compatíveis com violência física e sexual.
A defesa do acusado nega a autoria do crime e sustenta que a relação foi consensual. No entanto, o funcionário foi denunciado por estupro pelo Ministério Público de São Paulo. O Tribunal de Justiça marcou o julgamento para janeiro do próximo ano.
Mais de um ano após o episódio, a advogada americana continua a enfrentar as consequências do trauma. Ela foi internada em uma clínica psiquiátrica nos Estados Unidos e segue em tratamento com medicação controlada.