A sinalização de retomada parcial das compras de soja dos Estados Unidos pela China, na semana passada, já reflete nos prêmios de exportação da oleaginosa no Brasil. O prêmio de exportação é a diferença entre o preço do produto físico em determinada praça e a cotação na bolsa de Chicago.
De acordo com levantamentos do Centro de Estudos de Economia Aplicada (Cepea/Usp) divulgado nesta segunda-feira (3), os contratos para exportação de soja do Brasil, em 2026, voltaram a índices negativos. Esse movimento que não era observado desde julho deste ano.
Apesar disso, segundo os técnicos do Cepea, as cotações da soja no mercado físico se mantiveram firmes ao longo da última semana. Os vendedores brasileiros mostraram preferência por negociar novos lotes com entrega imediata (o que se chama de mercado spot) e pagamento longo, no intuito de garantir os atuais preços, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
Quanto à safra 2025/26, a Conab projeta recorde de 177,6 milhões de toneladas. Nesta estimativa, a Companhia já prevê menor produtividade no Centro-Oeste do País, devido aos possíveis impactos do fenômeno La Niña. Ao mesmo tempo, bons volumes de chuva nos últimos dias trouxeram alívio e otimismo ao setor.