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Acareação entre Vorcaro e ex-presidente do BRB durou 30 minutos

A sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, foi palco na noite desta terça-feira (30) de uma acareação de 30 minutos entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa

O procedimento, conduzido sob supervisão do gabinete do ministro Dias Toffoli, teve como objetivo confrontar as versões conflitantes apresentadas pelos executivos sobre a suposta fraude bilionária que levou à liquidação do Master pelo Banco Central em setembro.

O diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino, também prestou depoimento à Polícia Federal, mas foi dispensado da acareação por decisão do juiz auxiliar que acompanhou a audiência. Interlocutores que acompanharam o caso avaliaram que o depoimento de Aquino foi "exato e didático", fornecendo detalhes cronológicos e fatos relevantes sobre a fiscalização da autarquia que culminou no veto à fusão entre as duas instituições financeiras.

Divergências em pontos cruciais da investigação

Antes do confronto direto, uma delegada da Polícia Federal ouviu os três envolvidos separadamente. Daniel Vorcaro manteve a linha de defesa e negou ter assinado ordens de pagamento de fachada na operação de venda de ativos para o banco estatal do Distrito Federal. Por outro lado, Paulo Henrique Costa afirmou que, no período das tratativas, o BRB não dispunha de informações que indicassem a baixa liquidez do Banco Master.

Segundo fontes ligadas ao gabinete do ministro Dias Toffoli, os dois banqueiros sustentaram narrativas opostas sobre pontos fundamentais da investigação da PF. O núcleo da fraude apura a venda de R$ 12 bilhões em títulos sem lastro pelo Master ao BRB, manobra que teria sido utilizada para manter a instituição funcionando de maneira artificial antes de ser absorvida pela estatal brasiliense.

Relembre o caso e a liquidação

A crise do Banco Master atingiu o ápice em setembro, quando o Banco Central identificou inconsistências graves na saúde financeira da instituição. Na ocasião, o regulador vetou a compra pelo BRB, decretou a liquidação extrajudicial do banco e Daniel Vorcaro foi preso em flagrante no Aeroporto de Guarulhos.

A investigação da PF sugere que a operação buscava mascarar um rombo bilionário por meio de títulos fictícios. A acareação realizada no STF é considerada um passo determinante para que a justiça defina as responsabilidades individuais na tentativa de fusão que colocou em risco a integridade do sistema financeiro regional.

Fonte: Band.
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